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domingo, 28 de diciembre de 2014

A soma dos silêncios

Salitre azul do mar, intempérie,côncava esperança;
Guardei a soma dos silêncios
recolhendo madrugadas nessa vida circular;
Há distancias tantas quanto incertezas da onde
mesmo se quer chegar.
São as palavras que destroem ou podem
nos salvar,reunir o que já caiu e fechar as portas
desse ódio que paira frio sobre o mundo
Sonho profundo,infinitas raízes de um passado
que não passa,
Guardei a soma dos silêncios
fresca memoria amarela,enquanto giro em devaneios;
Já e tarde e o tempo não transita como antes
o caminho simplesmente vem de dentro
mas pode estar cheio de versos e mentiras...






sábado, 27 de diciembre de 2014

Amor entre parêntesis

Esta tudo cheio de ti,e o horizonte ainda respira tua sombra,
Trêmula realidade em tua ausência, desgaste de escrever-te
sem poder apagar;
Não se vê a distância, nem a sombra do teu corpo;
Estou sempre confuso neste súbito e prolongado caminho
morto
Outras lagrimas, línguas e agonias, nessa areia de mares e tristeza
permanente;
Talvez não sejam alucinações, nem dizer coisas estranhas, mais sim
o inesperado, cadeia dourada que me prende a metáforas, lembranças
e distorções
Quasse nada foste, e mesmo assim minha saudade adornaste;
Esta tudo cheio de ti,
Talvez o medo seja repetido,
Talvez não me deixe mais frustrar pela lentidão suave do teu ritmo;
Á se pudesse ter te entendido por um segundo !!!
Teria tido a chance de não colocar entre parêntesis
um só milimetro do nosso amor...


jueves, 18 de diciembre de 2014

Vozes retilíneas

Agora dormes com tua imagem plástica e sem expressão;
Rica em conquistas formales e absorta em lembranças
de coisas que poderiam ter acontecido;
A doçura se escondeu flor de círio,e não se pode ir
tão longe e tentar voltar atrás.
Música e tormento, ar pulverizado numa fragrância esquecida;
Tens algo hermético e fugaz,como um vago de memoria,
Um dia de verão;
Imensa sombra, velhas dores;
O destino e esse hálito divino, essas vozes retilíneas que
ainda te perseguem lentamente e te consomem
numa nostalgia vidrosa,
Sim fostes como sonhei, sóbria visão, divina pélvis,
tão sutil nesse resto de saudade...




lunes, 15 de diciembre de 2014

Dialética condenada.

Minha agenda sempre foi inútil para o futuro;
Sorte de coisas que não se podem conceber
e o amor pode ser um monologo de poucos dias.
Vou levando meu tijolo para poder construir
devagar o meu destino,
Escuto o mundo dando a mesma bem-vinda
de sempre, com mãos que não ajudam,
com maquinas que choram lagrimas de óleo;
Não sou frio,mais vivo juntando o que sobreviveu
desses sonhos enterrados,dessas outras dimensões,
desse milésimo de apogeu que um dia vivi.
Um dia fui simples subsistindo a toda essa falsidade
talvez tenha entendido que existem argumentos
intelectuais que disfarçam a verdade,
Então estavam certos com suas estranhas contradições?
Com essa dialética condenada de cem anos??
Minha agenda sempre foi inútil para o futuro;
Estive tão perto dessa longitude;
Tão perto do vazio que engole tudo
Dessa fronteira que desprende a retina material
dos olhos,e nos faz enxergar um destino provisório.
Vou levando meu tijolo para poder construir
devagar o meu destino.







domingo, 14 de diciembre de 2014

Amor invisivel

Meu amor voa sobre ti,quando vem o sono e me leva
Vou buscar outras terras, mais prefiro calar o teu nome
Profunda primavera onde não germino
Em que noite roubastes minha paz??
Em que noite meu sangue colou no teu fogo??
Meu amor foi um mendigo esperando por ti;
e teus lábios por algum tempo foram meu pão
Minha casa esta morta,existem ossos e lembranças
já não consigo abrir a porta,
Nada se apaga;
Nada se esquece;
Em que noite roubastes minha paz??
Amor invisível, dormindo na tua sombra me esqueço de mim,
Algo falta,
A simetria exata do teu sorriso
Aquele mundo vacilante de silencio e beijos
Não te esqueças de chamar,
mesmo que a porta esteja aberta.....

martes, 9 de diciembre de 2014

Saciar-me em ti

Vem comigo,porque os dias são veloces;
e minha culpa não pode ser tua última morada;
Vem comigo,porque no mar há relâmpagos e espuma
mais no mar furioso estaremos somente tu e eu.
Habitasses meu coração e meus beijos ainda não
se saciaram em ti, e quando o inverno era frio as estrelas
escondidas não morriam de dor,
Vem comigo,decifrarei o teu nome e tuas dores,
sobreviveremos pelo mundo nesse caminho secreto
Nessa noite de sonhos negros,não esqueceremos o suor que
enlouquece, nem o néctar ardente daquele último beijo.

domingo, 7 de diciembre de 2014

Última paisagem.

Estou só, como um vegetal, vegetando;
Meu ninho de estrelas agora jaz no fundo
do poso e não dá para escutar a terra, nem
a chuva, nem teu luto.
Estou desbordante e marejado de lágrimas secas,
A garganta não faz perguntas, nem defende
mais esse orgulho,
Talvez teu suave silêncio me despoje dos meus
últimos escrúpulos, já não posso ser eu, perdi
a última paisagem,
Inquebrantável coração cortado numa noite sem fim;
Meu ninho de estrelas agora jaz no fundo do poso...


miércoles, 3 de diciembre de 2014

Susurros

Não tem ninguém convulsionando;
Não tem ninguém sinceramente iludido
Amei, mordi beijei, escrevi na areia teu nome;
Sempre confuso no teu ventre profundo
Sempre carente de razão.

Meus combates foram poucos nesta cólera orgulhosa
pesavas, pedra cortante, aniquilavas essa suavidade
secreta.
Terminou a viajem e a terra nos separou entre muros
transparentes, aqui sobrevivíamos e terminávamos
num novo recomeço,
Somos eterno fogo que ardera servindo de nada
Somos a vida num amor incompleto
        Sussurros de um final andando comigo...



martes, 2 de diciembre de 2014

Flecha invisível

O amor é o combate contra essa flecha invisível,
Te conheço com essa doçura entre espinhos,
e agora nada mais me deixa confuso.
Saber que existes como fogo que queima;
Manantial escondido,
Última fronteira,
Te conheço e não sei mais o que dizer-te,
São como uma prisão esses teus olhos,
como diamantes que rajam, que invadem meu peito.
Sentir-me pequeno, esperando teu corpo...

O amor é o combate contra essa flecha invisível,
Âmbito nosso,
Tradução sem idioma,
Estatua esculpida no meu mundo sombrio,
Te conheço e não sei mais o que dizer-te,
Maldição sinistra, arrastrada e túrbida,
Pra que fazer-te renascer?
Se me enches de olvido...