Prólogo maldito.
Ouso gritos e ruído de passos na calçada;
Sinto o chicote do tempo arrugando minha
cara.
De que regressos me falam? Não há mais regressos,
e fico sóbrio quando falo de mim mesmo.
Meu mundo é este, esta imunda maravilha com cheiro
de lixo que mexem na rua,cachorros,feira,madeira
podre ; tem algo impessoal que me persegue,
Sobras do teu adeus numa manha de sábado,
O gosto da tua saliva e a porta que fechaste para
sempre.
Ouso as vozes do silencio;
Ouso prólogos malditos;
Luto ,sou teimoso,em fim quero romper o silencio
que persiste dentro de mim.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario