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lunes, 11 de agosto de 2014







Úrsula
A porta abria, exatamente igual até o infinito;
Infinito, com teus olhos taciturnos,numa galeria de espelhos
côncavos e paralelos.
Chuva minúscula que cobre os tetos, e essas pequenas flores amarelas;
E agora tuas palavras, que ainda me consomem,
recorrendo um caminho inverso, onde encontro a realidade.
Entrei no quarto, abandonado, a mesma cama de ferro forjado
e o quadro na parede do fundo, exatamente igual;
Tudo ficou ali,todo nosso universo Úrsula;
E agora como abandonar este insonio?
E esquecer nossas festas ruidosas de suor empapado;
Como entender os motivos superpostos para esse abandono;
Tua pele não me permitia falar,e as palavras eram invisíveis
quando vivia esses dias de incertezas, de consentimentos e sorte
por estar contigo,Úrsula...

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