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jueves, 18 de diciembre de 2014

Vozes retilíneas

Agora dormes com tua imagem plástica e sem expressão;
Rica em conquistas formales e absorta em lembranças
de coisas que poderiam ter acontecido;
A doçura se escondeu flor de círio,e não se pode ir
tão longe e tentar voltar atrás.
Música e tormento, ar pulverizado numa fragrância esquecida;
Tens algo hermético e fugaz,como um vago de memoria,
Um dia de verão;
Imensa sombra, velhas dores;
O destino e esse hálito divino, essas vozes retilíneas que
ainda te perseguem lentamente e te consomem
numa nostalgia vidrosa,
Sim fostes como sonhei, sóbria visão, divina pélvis,
tão sutil nesse resto de saudade...




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